Acerca
Este blogue nasceu de uma pergunta simples: Por que continuamos a regar as mesmas ervas daninhas para depois fingirmos surpresa quando não brotam cravos? Entre a pasmaceira dos discursos oficiais, o folclore partidário e a verborreica trupe de comentadores, este espaço ergue-se empunhando uma enxada literária e parte à descoberta dos becos da sociedade portuguesa — aqueles onde a transparência é opcional e o tacho funciona como buffet livre.
Manifesto
Erguemo-nos na mais obstinada Independência, recusando subsídios, avenças, favores, robalos, fotocópias ou cafés pagos (embora adoremos café); praticamos Transparência militante, exibindo números e esventrando hipocrisias à luz do dia; empunhamos Ironia Ativa, pois um português bem-humorado é mais perigoso do que um deputado com imunidade parlamentar; travamos o Combate ao Tacho, denunciando nomeações cruzadas, avenças misteriosas e concursos alfaiatados ao feitio do amigo; e, por fim, cultivamos uma Esperança Teimosa — criticamos não para destruir, mas para arejar a terra e, quem sabe, semear algo que valha a pena colher.
Missão
Arejar o solo da opinião pública, arrancar o matagal de interesses opacos — lobbies, sociedades discretas, avenças de bastidor — que sufoca as boas ideias, e semear lucidez onde hoje germina indiferença. Empunhando humor mordaz como enxada e factos verificados como adubo, queremos transformar-te num lavrador vigilante: capaz de exigir transparência, regar a democracia com participação cívica e colher políticas que floresçam para todos, não apenas para quem domina o conluio certo ou o aperto de mão cifrado.
Visão
Ver Portugal discutir cada medida pública como quem examina a bula de um remédio: atento ao princípio-activo, indiferente ao logótipo na embalagem. Sonhamos com um país onde o valor das ideias se sobreponha ao número do cartão partidário, onde os lobbies e as confrarias de avental fiquem do lado de fora — sem apertos de mão cifrados nem favores embutidos — e em que a única clientela servida seja a dos cidadãos, de Trás-os-Montes ao Algarve, com IVA incluído, sem asteriscos nem símbolos crípticos nos estatutos.

Gualdim Pais
Redactor-Chefe & Cronista
Com a destreza de quem ergue castelos de palavras, Gualdim Pais não poupa ninguém, nem as convenções nem as hipocrisias. Desafia o status quo com uma crítica afiada, cortante e, por vezes, brutal. O seu olhar é como uma espada afiada, que corta as camadas de conformismo e expõe as verdades incómodas da sociedade portuguesa. Um verdadeiro mestre na arte de ver Portugal como ele realmente é — e não como o tentam vender.

Brites de Almeida
Cronista Convidada
Direta como uma seta, Brites não tem paciência para discursos vazios nem para a política de salão. A sua pena é como um bisturi que corta sem piedade nas entranhas do poder, revelando as suas vísceras com ironia e uma perspicácia rara. Ela expõe as teias que sustentam o sistema político português, com uma crítica implacável que não deixa de ser, ao mesmo tempo, afiada e profundamente divertida. Quem se atreve a ver o lado oculto da política, é com Brites que deve caminhar.

João Brandão
Cronista Convidado
Com um olhar de quem já viu de tudo, João Brandão passeia pela realidade portuguesa com a leveza de quem sabe que tudo é efémero. Como um mestre da ironia, expõe com destreza as contradições entre o que somos e o que pretendemos ser. Entre a tradição que teima em resistir e a modernidade que nos arrasta, ele navega pelos paradoxos da sociedade portuguesa com humor ácido e a perspicácia de quem observa, mas não se deixa enganar.

Almeida e Silva
Cronista Convidado
Almeida e Silva é o detective das finanças, aquele que vai onde a maior parte tem medo de pôr o dedo. A cada número que acreditam, ele coloca uma lupa e questiona, porque, para ele, nada é evidente até que se prove. Com um olhar crítico e desconstrutor, desafia as falácias financeiras que alimentam o sistema, desmascarando orçamentos e projeções como peças de ficção encenadas para enganar o contribuinte.

Antónia Pimentel
Cronista Convidada
Com uma curiosidade insaciável e uma língua afiada, Antónia Pimentel desafia o status quo, decifrando as contradições portuguesas como se fossem enigmas. A sua escrita é uma lupa sobre uma sociedade que se gaba da sua identidade, mas teme o que a modernidade exige. Em cada crónica, ela lança uma questão, remexe as certezas e deixa o leitor a refletir. Para Pimentel, a ironia é a ferramenta, e a verdade, o seu destino.

Beatriz Monteiro
Cronista Convidada
Quando Beatriz entra em cena, o que era óbvio vira ironia e o que era comum transforma-se em gargalhada. Com a astúcia de um gato que observa o jogo de xadrez, desmonta com precisão as ironias nacionais que moldam a nossa cultura. A sua caneta, armada em espinho, fura as narrativas que muitos insistem em repetir, expondo com humor e clareza a contradição de um povo que, ao mesmo tempo, ama e teme as suas próprias raízes.
Perguntas Frequentes
Se algum dia dependermos de alguém, avisamos logo — mas a única coisa a que estamos presos é ao sentido crítico.
Se tens provas, histórias ou talento para desmontar narrativas, envia-nos um pombo-correio digital: colaborar@umquintalchamadoportugal.com.
À moda antiga: trabalho voluntário e cafés duplos. Nada de cheques partidários — por aqui a contabilidade criativa não passa na auditoria do sarcasmo.
Todas as semanas, excepto em semanas com feriado triplo, pontes ou crises existenciais severas – nesses casos publicamos duas vezes, por puro desalento patriótico.
Partilha, imprime, borda em ponto-cruz – desde que cites a fonte e não amputes frases para parecer que elogiamos quem, na verdade, estamos a marinar em sarcasmo.
Despeja tudo em denunciar@umquintalchamadoportugal.com, de preferência com documentos, fotos ou gravações que façam o Ministério Público salivar. Garantimos anonimato mais robusto do que um e-mail institucional do governo.
Somos pela rotação de culturas: onde há solo empobrecido pela mesma ideologia, capinamos. Se preferes etiquetas, cola-nos “lavradores da verdade” – cresce para ambos os lados da trincheira.
Aviso Legal (porque vivemos na era dos asteriscos)
Este blogue é uma horta de opiniões e sátira — não um boletim oficial da República nem um manual de instruções para futuros populistas. Todos os textos aqui plantados representam exclusivamente o ponto de vista dos respetivos autores no momento da colheita; qualquer semelhança com pessoas, entidades ou políticas em vigor não é fortuita nem involuntária — é precisamente o objectivo deste canteiro.
Apesar de regarmos as palavras com dados públicos e de verificarmos factos como quem sacode a terra das batatas, não garantimos que a realidade não mude, entretanto, de fatiota. Se decidires usar estas crónicas como aconselhamento jurídico, financeiro ou amoroso, fá-lo por tua conta e risco — recomenda-se capacete, luvas e uma generosa dose de senso crítico.
Não nos responsabilizamos por danos materiais, morais ou existenciais resultantes da leitura, partilha ou simples arrumação deste conteúdo numa gaveta mental. Prosseguir a leitura equivale a aceitar estas condições (e a confessar que possuis sentido de humor).